capítulo 3: o encontro
Então, Miki foi ter com o maestro Lúcio que recomendou:
– Volte amanhã, que é o dia das aulas de miss Twingle.
Feliz da vida, Miki sentou-se no gramado do jardim e finalmente pôde abrir a sua lancheira e desfrutar do sol ligeiro que batia enquanto trincava os dentes em seu sanduíche de queijos. Ela mal conseguiu dormir naquela noite imaginando como seria o encontro com aquelas criaturinhas tão especiais!
Como será que elas seriam? Será que elas iam gostar da novidade de serem adotadas e irem morar com a Bia? Será que elas iam ficar tímidas e não iam querer falar nada? Será que…
– Hihihihihi. Quem é você??? Era a Bodipã que já tinha subido no colo da Miki e puxava seu cabelo.
Miki ficou encantada com aquela criaturinha tão doce. Ou pelo menos que aparentava ser tão doce :-D!
– Ei, isso dói!!! Eu sou a Miki e você… deixa eu adivinhar…
– Não vai conseguiiiir! Lá-lá-lá-lá-lá! E riu uma risada divertida e gostosa.
– Quer apostar que adivinho?
Twinglezinha só olhava pelo canto do olho, sem nada dizer. Meio que como uma irmã mais velha faria para proteger a caçula que fosse seu xodó.
– Trá-lá-lá. Miki não sabe!
– Aposto um aquário com um peixinho azul dentro que eu sei!
– Um peixinho azul? Bodipã arregalou bem os olhinhos escuros e pareceu muitíssimo interessada.
– Bodipã é amiga do peixinho azul!!! E, nesse momento, tapou a boca com as duas mãozinhas, ao perceber que tinha dito quem ela era. E fez uma carinha de decepção.
Miki não agüentou e abraçou a pequena:
– Não fica triste, Bodipã. Venha cá, Twinglezinha.
Twinglezinha estava bastante ressabiada ainda. Quem era aquela menina? Como ela sabia da Bodipã? Um misto de ciúme e medo tomou conta dela.
– Não precisa ter medo, Twinglezinha. Eu vou explicar tudo tudinho pra vocês. Prometo que nada vai acontecer se vocês não quiserem, tá bem?
Ainda arisca, Twingle sentou-se perto das duas e pegou na mãozinha da Bodipã.
Miki então começou contando da Bia, explicou que ela vivia em um outro mundo e que há tempos sonhava com elas. Sem pular nenhum detalhe, ela foi contando, contando, contado. As meninas nem piscavam, boquiabertas.
– Twin, é aquela menina que vem brincar com a gente de vez em quando, não é? Quando a gente dorme?
Uma lagriminha rolava teimosa pelo olhinho da Twinglezinha.
– Olha só, Twinglezinha, a Bia pediu pra eu te entregar isso. Ela disse que é um presente, pois sabia que o seu estava acabando.
E, abrindo a frasqueira, Miki estendeu o frasco de perfume de rosas para a pequena. Foi só aí que ela conseguiu ouvir o fiapinho de voz:
– E ela quer que a gente vá morar com ela pra sempre?
Eita, parece que o grande dia está próximo! Volte na terça que vem para saber o que vai acontecer…
Parafraseando Antoine de Saint-Exupéry: “eis o melhor retrato que, mais tarde, Miki conseguiu fazer dela.”
Ai que puxa, que ansiedade! Será que elas vão vir mesmo? Que desenho mais lindinho da Bodipã!
– Bodii, cade vocÊÊÊ? -Twingleeee?
Tem que avisar pra elas que mesmo saindo de lá, aqui no mundo real existe muita fantasia pra elas… robôs, coelhos raivosos, vampiros…
Muito legal o conto. Parabens.
^^ obrigada, queridos!
q bom q vcs estão curtindo, pq eu estou a-man-do!
aguardem + novidades na próxima terca hihihihi.
beijos, miki