no meio da árvore…
que se estendia lá longe, debaixo dela.”
Uma das poucas cenas de que me recordava era de Alice crescendo, crescendo, crescendo tanto que seus pés ficaram láááá embaixo e ela podia acenar para eles de tão longe que eles tinham ficado.
Não me lembrava dos detalhes, mas ao ler o capítulo “Conselho de uma Lagarta”, logo a imagem de Alice metida por entre as árvores do bosque me pareceu bastante convidativa para um traje. Foi assim que nasceu a idéia de “no meio da árvore…”
Corta. De fato, ao reler Alice, descobri que misturei duas cenas: na primeira vez em que ela cresce, cresce, cresce e vê seus pés muito longe é bem no começo da história, no capítulo “Lagoa da Lágrimas”. Nessa outra vez, ela não está no salão das muitas portas, mas sim no bosque onde encontra-se com a lagarta fumando narguilé sobre o cogumelo. E não menciona os pés e sim as mãos.
Voltando: eu queria que fosse um vestido, logo, teria uma daquelas saias rodadas clássicas da era vitoriana. Para o corpete, eu queria algo diferente do que já tinha desenhado para os demais vestidos. Pesquisando, encontrei um modelo todinho drapeado em “V” e daí nasceu a adaptação do corpete deste modelo. Fiz uma aplicação em “V” sobre o top básico que também bordei com uma renda. Na falta de uma renda marrom, pintei uma branca com aquarela de tecido! Tive dúvidas se colocava ou não o rendado, mas acabei optando por pôr, seguindo opiniã do Marcos, da qual não me arrependi! Já os canutilhos eram a idéia original desde o princípio.
Agora, a copa da saia é um capítulo à parte. Originalmente, eu tinha pensado em bordar a copa todinha com folhas de feltro de variados tamanhos e cores. Porém, à medida em que comecei o trabalho, a composição foi guiando o bordado e acabei mudando os planos iniciais. É como se, em determinado momento, as folhas de cada cor criassem vida própria, desenhando o que lhes agradasse. Também acabei virando a copa da saia: a abertura tinha sido projetada para ser nas costas e acabou migrando para a lateral.
Embora o marrom não seja uma cor que tenha grandes feitiços sobre mim, fiquei satisfeita com o resultado.
E aí, alguém consegue descobrir o que há de escondido bem aqui :-)?
A escolha da modelo
Embora um vestido não seja lá a melhor escolha para alguém que goste de pular, creio que a porção “macaco” da Magnólia ficou super feliz com a escolha do vestido-árvore!
Uma cena
“O que pode ser toda aquela coisa verde?” disse Alice. “E onde foram parar meus ombros? Oh! Minhas mãozinhas, por que será que não consigo mais vê-las?” Estava mexendo as mãos enquanto falava, mas isso não parecia produzir nenhum efeito, exceto uma sacudidela das distantes folhas verdes.”
Lewis Carroll in Alice no País das Maravilhas
Cenas do próximo capítulo
E, na próxima quarta, começam os looks masculinos!
Até lá!
BÔNUS TRACK
» Veja mais fotos do quinto look @ mundomiki’s flickr
O vestido da Magnólia look árvore é a coisa mais perfeita do mundo! AMEI!
hehehe q bom q gostou, bia!
foi uma diversão bordar as folhilhas!
bjs, miki